Chef francês proíbe inspetores do Guia Michelin em novo restaurante

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Há cinco anos, o chef francês Marc Veyrat enfrentou o prestigiado Guia Michelin na justiça após uma crítica negativa a um polêmico suflê, e perdeu. Agora, ele lançou um novo ataque à “bíblia da alta gastronomia”, proibindo os inspetores de visitarem seu novo restaurante

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O novo empreendimento de Veyrat, o Le Restaurant Marc Veyrat foi inaugurado em um resort de esqui, na comuna francesa Megève, e conta com um menu de 450 euros (cerca de R$ 2.831) por pessoa

Instagram/marc_veyrat

É o primeiro projeto desde o confronto com Michelin em 2019, quando o guia rebaixou seu restaurante La Maison des Bois de três para duas estrelas. “Até coloquei um aviso na porta,” conta ele ao DOIS1 Travel. “Vou fazer 75 anos este ano. Não quero mais ser avaliado.”

Reprodução/Michelin

Segundo um inspetor do Michelin, a decisão foi tomada porque o restaurante teria usado cheddar em seu suflê. Veyrat argumentou utilizar queijos locais, como Reblochon e Beaufort, e que a cor amarelada era causada pelo uso de açafrão na receita. “Eles são incompetentes,” disse Veyrat

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Após o rebaixamento, La Maison des Bois, localizada nos Alpes Franceses, foi assumida pela filha de Veyrat, e rebatizado como Le Hameau de mon Père (“O vilarejo do meu pai”) em homenagem ao chef. “Tenho muito orgulho dela,” diz ele. “É um lugar mágico.”

Foto: Ilya Kagan

O novo restaurante em Megève surgiu da saudade que Veyrat sentia de cozinhar, embora ele busque evitar a pressão característica das avaliações Michelin. “É a alegria de receber as pessoas” que o motivou a começar de novo, afirma

Foto: Ilya Kagan

Ainda assim, não há garantia  de que o Michelin respeitará o banimento. Inspetores podem aparecer anonimamente, como já aconteceu com outros chefs que tentaram sair do guia, incluindo o sul-coreano Eo Yun-gwon, do Ristorante Eo, em 2019

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Veyrat não é o único chef a criticar o guia. Muitos reclamam da pressão intensa antes da publicação anual e preferem ficar de fora. Em 2017, o chef Sébastien Bras pediu que seu restaurante saísse do guia, decisão que chamou de “o preço da liberdade”

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