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Pela primeira vez em 100 anos, antas (Tapirus terrestris) foram flagradas em vida livre no território do estado do Rio de Janeiro pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea)
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O animal, que é o maior mamífero da América do Sul, até então considerado extinto na natureza fluminense, era encontrado somente em instituições de proteção à fauna e em pontos de introdução na natureza
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Os 108 registros, feitos pelas câmeras instaladas em uma unidade de conservação na Costa Verde, flagraram grupos com até três indivíduos em uma única captura, além de uma fêmea com filhote — o que sugere uma população bem estabelecida da espécie na região
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É a primeira vez, em dez décadas, que são flagrados, registrados e monitorados no Rio de Janeiro tais animais em total vida livre, ou seja, indivíduos que não dependeram de ação humana direta ou projetos de reintrodução de fauna
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O último registro do animal no Rio tinha sido feito em 1914, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, sendo consideradas as principais causas para seu desaparecimento a perda de habitat, caça e exploração desenfreadas e a urbanização
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Apresentar esses registros da anta, após mais de 100 anos classificada como extinta no estado do Rio de Janeiro, é um momento histórico e significativo. A partir do material capturado pelas armadilhas fotográficas, é possível promover estratégias eficazes de conservação e conscientizar a sociedade sobre a importância da biodiversidade e do fortalecimento dos ecossistemas locais
Renato Jordão, presidente do Inea